Em 07/12/2017

 

Piancó continua infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e o problema está na folha

 



            Por Isaías Teixeira/Folha do Vale - Apesar da demissão de 35 servidores contratados e a saída de cinco efetivos, a Prefeitura de Piancó continuou com uma folha de pessoal bem inchada em setembro deste ano em relação ao mês anterior, com um quadro de 1.114 funcionários. O número é considerado exagerado para o tamanho populacional do município, que tem 16.091 habitantes. Ou seja, a cada 100 residentes, quase sete estão empregados na Prefeitura comandada por Daniel Galdino.  

            Com tanta gente vivendo do emprego público na Prefeitura local, o município permaneceu, no nono mês do ano, infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): a folha consumiu quase 63% da receita municipal, quando o limite legal permitido é de 54%. Para ter-se uma ideia mais nítida do que se pode chamar de descalabro administrativo, dos mais de 3,6 milhões movimentados, R$ 2,2 milhões foram pagos ao funcionalismo. E, diante dessa realidade paternalista instituída para compor compromissos políticos, pouca coisa restou para o desenvolvimento de ações e obras na cidade, que pena pelo governo desnorteado, conforme a oposição.

            O maior número de servidores são efetivos, um total de 611, e comissionados, com absurdos 433 funcionários em setembro, número que colocou Piancó entre os municípios que possuem a maior quantidade de pessoas ocupando cargos em comissão no estado, superando, inclusive, grandes cidades da Paraíba, como Campina Grande, que possui 229 comissionados e uma população de 410,3 mil residentes.

               Os gastos exorbitantes com servidores poderão render problemas futuros para o prefeito Daniel, que é filho da ex-prefeita Flávia Galdino, inelegível por uma séria de irregularidades cometidas durante suas duas passagens pela Prefeitura de Piancó, cujo primeiro mandato começou em 2005. No Tribunal de Contas do Estado (TCE), ela teve muitas derrotas: amargou sete contas reprovadas, de oito julgadas. Inconsistências com a folha de pessoal, inclusive, também contribuíram para as reprovações. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 
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