Em 15/07/2018

 

A estratégia do PT para a eleição presidencial

 



           Por Redação da Folha/Editorial– Embora esteja em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente, o PT tem dois inimigos poderosos para as eleições de outubro: um deles é a lei e o outro é o tempo, mas o Partido dos Trabalhadores tem engendrado uma estratégia política que pode dar certo, há uma probabilidade, sim, mesmo que alguns a considerem pouco real.

            Todos sabem, e a Lei da Ficha Limpa é clara, que Lula está inelegível pela sua condenação penal em segunda instância, mas isso não impede, por exemplo, que ele requeira o registro de sua candidatura a presidente. E aí reside a estratégia do seu partido: a ideia do PT é registrar a candidatura lulista e “brigar” contra o tempo e a Justiça Eleitoral para que ele dispute o 1º turno.

            Lula deverá registrar sua candidatura em 15 de agosto, faltando apenas 45 dias para a eleição. O pedido de registro de Luiz Inácio Lula da Silva certamente será barrado pela Justiça Eleitoral com base na lei já mencionada, mas a ideia petista é recorrer sucessivamente da impugnação e levar Lula às urnas.

            Se ele conseguir, por força de liminar, ser candidato e ser votado certamente vai levar o PT ao segundo turno, porque tem voto para isso, mas o próprio Lula não seguirá, pois vai chegar o momento que não caberá mais recursos judiciais e seu pedido de registro será negado definitivamente. Aí entra mais um e decisivo passo do PT para seguir adiante e disputar o segundo turno: o Partido dos Trabalhadores, então, substitui Lula por outro nome da legenda e mantém a campanha à presidência.

            Como no segundo turno a disputa só é entre dois candidatos, a expectativa do PT é ter o apoio das principais forças e partidos de esquerda para o seu candidato, independentemente de quem seja ele: se Haddad, Vagner ou outro petista qualquer que venha a substituir Lula.  Com toda uma aliança de esquerda, o Partido dos Trabalhadores poderá, novamente, conquistar a Presidência da República. No entanto, tudo isso é mera tese: é fato que a estratégia está bem desenhada, mas, na prática, claro, tem chance de não vingar.

              Se o judiciário eleitoral agir rápido para, em 45 dias, responder a todos os recursos apresentados pela defesa do PT e tirar Lula das urnas no primeiro turno, o Partido dos Trabalhadores morrerá, porque não tem nome com popularidade suficiente para levá-lo a um segundo turno, ou seja, a grande luta da legenda petista é para que Lula seja substituído somente no segundo turno das eleições e não no primeiro.

 

 

 

 

 

 

 


 

 
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