Em 15/11/2017

 

Fundação pede ação do MP para retirada de amianto do abastecimento d’água de Itaporanga

 



               Por Redação da Folha – A fundação de defesa humanitária e ambiental José Francisco de Sousa protocolou ofício na última segunda-feira, 13, no Ministério Público solicitando alguma ação que objetive a retirada dos tubos de amianto da rede de abastecimento d’água de Itaporanga e sua substituição por canos sanitariamente corretos.

               Na justificativa do documento, a entidade disse que o amianto acarreta riscos à saúde humana e ao meio ambiente, tanto que a utilização do mineral já foi banida de grande parte dos países do mundo e uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal também bota o Brasil nesse caminho.

                Vejam, na integra, o documento entregue ao Ministério Publico: “Excelentíssimo Senhor Promotor, o amianto é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um mineral cancerígeno e há muito tempo sua utilização está proibida em vários estados e municípios do Brasil, proibição que foi confirmada por decisão do Supremo Tribunal Federal em agosto deste ano em função dos malefícios que a substância pode causar à saúde humana e ao meio ambiente e o que pode banir o mineral definitivamente do território nacional, o que já ocorre em 66 países. 

            Apesar dos riscos à saúde pública, quase 40% da tubulação que leva água às residências urbanas de Itaporanga é constituída pela fibra cancerígena. Há muitos anos, esta fundação humanitária e ambiental solicita publicamente às autoridades municipais e estaduais competentes para o assunto a substituição desses canos de amianto por outros materiais sanitariamente seguros no abastecimento d’água urbano, mas, até o momento, mesmo depois de gastos milionários com a reforma do sistema adutor da cidade, o problema persiste, ou seja, a tubulação de asbesto continua sendo utilizada e, certamente, jogando particulares do mineral nocivo na água e no organismo de milhares de pessoas.

            É certo que ocorre análise químico-biológica regular da água distribuída à população pela companhia de abastecimento, mas essa análise é feita com a água antes de ela passar pela tubulação de amianto, que é interligada às redes residenciais. Mesmo não havendo comprovação de que esta água possa ser contaminada quimicamente após sua passagem pela tubulação de amianto pelo impacto líquido sobre o material ao longo dos anos e trazer problemas à saúde pública em longo prazo, é razoável e conveniente que esses tubos compostos por material comprovadamente cancerígeno sejam substituídos. Toda a população clama por esta substituição, principalmente porque já vive aterrorizada com a grande incidência de casos de câncer na cidade, atingindo pessoas de todas as idades e matando muitas delas.

            Diante destes fatos, pedimos providências ao Ministério Público para que esta questão possa ser devidamente resolvida, conforme o que clama o interesse popular e a lei”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           


 

 
Informes & Opinião

 

Folha do Vale - www.folhadovali.com.br
Av. Padre Lourenço, nº 392 - Itaporanga - Paraíba
©2010 - Todos os direitos reservados