Em 20/05/2018
Por Redação da Folha – A campanha à sucessão estadual deste ano poderá ser polarizada entre duas candidaturas adversas e lançadas pelas duas principais forças políticas do estado atualmente, o governador Ricardo Coutinho (PSB) e seu ex-aliado e agora inimigo político, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).
Os dois figurões da política estadual, confiantes cada um em seu taco, impuseram essas candidaturas, ambos interessados no comando e controle do poder estadual a partir de janeiro de 2019. No caso do governador Coutinho, a vitória de João Azevedo, o seu candidato, significa a continuidade do grupo ricardista no poder, alcançando 12 anos de domínio político-administrativo na Paraíba.
Pelo outro lado, uma vitória de Lucélio, candidato de Luciano, representa um alargamento do poder político e administrativo dos Cartaxos, que hoje comandam a Prefeitura de João Pessoa e, além da capital, podem estender esse poder para todo o estado em caso de uma vitória nas urnas nas próximas eleições estaduais.
O temor de muitos eleitos do Vale é que, a começar pela forma como essas candidaturas foram lançadas, um tipo de imposição política de Ricardo e Luciano, qualquer um dos dois candidatos que for eleito poderá se tornar mero fantoche nas mãos dos seus respectivos padrinhos políticos, contribuindo para uma espécie de estelionato eleitoral, ou seja, o candidato ganha, mas não manda.
Além de Azevedo e Lucélio, há mais duas pré-candidaturas ao governo nas eleições de outubro vindouro: a do ex-governador José Maranhão (MDB) e a do assistente social Tárcio Teixeira (PSOL).