Em 13/11/2019

 

Em busca de direitos: pais de autistas participam de audiência na Promotoria de Itaporanga

 



            Por Redação da Folha – Um grupo de pais de crianças autistas participou nesta quarta-feira, 13, de uma audiência no Ministério Público de Itaporanga como parte de uma ação movida pela Promotoria em desfavor da Prefeitura com o objetivo de garantir a implementação dos direitos das crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

            A ação ministerial nasceu de uma iniciativa dos próprios pais, que procuraram o Ministério Público depois que a Secretaria Municipal de Saúde não atendeu as reivindicações propostas pelo grupo denominado de Tea Rainha do Vale, que nasceu exatamente para defender os direitos dos autistas.

           “Desde de abril, fomos várias vezes à Secretaria de Saúde para que a secretaria desse início ao tratamento dos nossos filhos aqui em Itaporanga, porque a criança autista precisa de um atendimento multidisciplinar: ela precisa de terapia com psicólogo, psicopedagogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionista, fisioterapeuta, mas a secretaria não fez nada para nos ajudar, então nós pais nos juntamos e fizemos uma denúncia no Minisstério Público no mês de julho e hoje ocorreu a primeira audiência”, comentou Nadja Soares Ricarte, uma das representantes do grupo de pais, ao assegurar que existe uma lei (Lei Berenice Piana - 12.764/12) que obriga o poder público a garantir atendimento especializado e multidisciplinar aos autistas.  

            Intimados pelo promotor Leonardo Pinto, representantes da saúde municipal e da Prefeitura estiveram presentes, entre os quais o próprio prefeito Divaldo Dantas. Depois de uma longa discussão entre as partes sobre as reivindicações das famílias, o Ministério Público instituiu um prazo de 30 dias para que a secretaria de saúde faça um levantamento de todas as crianças portadoras da TEA e dos profissionais disponíveis para o atendimento e a definição do local de acolhimento das crianças. Após isso, o passo seguinte seria o início do tratamento. Os pais saíram satisfeitos da audiência e cheios de esperança também. "Nossa meta também é alcançar mais pais, pais que morem na zona rural: pessoas que estão suspeitando que os filhos têm autismos nos procurem, temos um grupo formado por vários pais para lutar por atendimento para nossos filhos aqui em Itaporanga", disse Nadja.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           


 

 
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