Em 11/12/2019
Por Redação da Folha – Oito dias depois de internado em um hospital de Campina Grande, o rapaz conhecido como Júnior de Damiana Magra, de 35 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos provocados por graves queimaduras e faleceu na manhã desta quarta-feira, 11. Ele era solteiro e não deixa filhos.
O atentado contra a vida do rapaz, que estava vivendo em situação de rua, ocorreu enquanto ele dormia na parte externa de um quiosque nas proximidades do terminal rodoviário de Itaporanga.
A vítima foi socorrido pelo Samu inicialmente para o hospital de Itaporanga e, depois, em função da gravidade das queimaduras, levado para o hospital de trauma de Campina Grande, mas terminou falecendo.
Após ser incendiado, o rapaz começou a gritar por socorro e um dos primeiros a chegar ao local foi o guarda da rodoviária, que acionou a polícia. A vítima acusou um homem pelo atentado e ele foi preso por policiais militares: trata-se de José Pereira da Silva, vulgo Taliba, de 58 anos, que também vive em situação de rua e já foi junto com a mãe da vítima. Os dois tinham uma rixa anterior.
Depois de autuado em flagrante por lesão corporal grave pelo delegado José Pereira, Taliba, que nega envolvimento no crime, foi recolhido à cadeia de Itaporanga. Nessa terça-feira, 10, ele foi ouvido em audiência de custódia e teve sua prisão mantida pela Justiça.
O corpo de Júnior, que já teve um irmão também vítima de homicídio, deverá chegar nesta madrugada em Itaporanga, onde será sepultado. A cidade tem dezenas de pessoas em situação de rua, e nem uma ação do poder público para acolher esse pessoal pelo menos no período noturno.
